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alunos aprendem com uma comunicação não violenta no anglo sorocaba

Comunicação Não Violenta fortalece vínculos e melhora o convívio

09/06/2025

 Observação, sentimentos, necessidade e pedido. Pilares da CNV e da educação no Colégio Anglo Sorocaba.

 

A forma de se comunicar tem mudado bastante. O que antes era feito com ordens ou em silêncio já não faz mais sentido, especialmente quando o objetivo é ajudar crianças a se expressarem e escutarem de forma genuína. A Comunicação Não Violenta (CNV) desponta como um recurso valioso para transformar a convivência no ambiente escolar.

Criada pelo psicólogo Marshall Rosenberg, nos anos 1960, essa abordagem propõe um caminho para fortalecer vínculos por meio de conversas baseadas no respeito mútuo, na escuta atenta e na empatia. Seu método se apoia em quatro pilares: observar sem julgamento, nomear sentimentos com clareza, reconhecer necessidades e fazer pedidos que favoreçam a conexão. Aplicada ao dia a dia escolar, ela contribui para criar um ambiente mais acolhedor e participativo.

Essa forma de se comunicar vem ganhando espaço e se contrapõe à comunicação agressiva, que ainda aparece em muitas situações, como em falas irônicas, expressões que desconsideram o outro ou atitudes que anulam sentimentos. Ignorar o que alguém sente ou precisa também é uma forma de violência, muitas vezes invisível, mas que causa impactos profundos nas relações entre alunos, educadores e equipe escolar.

No Colégio Anglo Sorocaba, entende-se que a escola não apenas educa, mas também ensina a viver em comunidade. Conversas, orientações e momentos de escuta são tratados como verdadeiras oportunidades educativas. Quando um aluno apresenta um comportamento inadequado, a proposta da escola é buscar compreender o que motivou aquela atitude. Isso não significa aceitar tudo, mas sim dialogar para que o estudante reconheça o impacto de suas ações e possa agir de maneira mais consciente.

Ensinamos nossos alunos a se comunicarem conosco a partir do exemplo. Gentileza gera gentileza, e violência gera violência”, explica Carol Lyra, diretora do Anglo Sorocaba. 

Na Comunicação Não Violenta, tudo começa pela escuta ativa. Antes de qualquer fala, é essencial ouvir com atenção e genuíno interesse em compreender o outro. Essa escuta cria espaço para um diálogo real, onde há abertura para acolher sentimentos e necessidades. “É preciso escutar de verdade e tentar entender o lugar do outro. Isso é empatia, não da forma banalizada e superficial como muita gente tem usado essa palavra hoje em dia”, afirma Carol Lyra. 

As ações da escola vão além da sala de aula. Iniciativas como o “Café com Conversa” promovem encontros com famílias, professores e a equipe pedagógica para dialogar sobre a forma de comunicação entre os familiares, sobre criação de filhos, sentimentos e convivência. Além disso, todos os profissionais da escola participam de formações constantes, com o objetivo de trabalhar a comunicação, desenvolver uma escuta mais sensível e um olhar atento sobre os estudantes, promovendo tratativas mais saudáveis no dia a dia escolar.

Carol Lyra destaca, também, a importância de ajudar os alunos a identificarem e nomearem seus sentimentos. “Quando ajudamos a pessoa a identificar e nomear seus sentimentos, ela consegue entender melhor suas emoções e isso facilita transformar essas sensações em algo positivo, principalmente na relação com as regras e a convivência”, destaca. 

A proposta da CNV incentiva que os alunos ajam por consciência, e não por medo. É um convite para ouvir antes de reagir, perguntar antes de tirar conclusões e explicar antes de exigir. O Anglo Sorocaba, nesse sentido, recomenda que professores e coordenadores expliquem as regras e os motivos por trás delas. “As crianças são inteligentes e, se elas entendem o porquê das regras, das normas, dos combinados que existem na escola, elas passam a respeitá-los de forma mais natural”, explica a diretora.

Assim, o papel da autoridade na escola precisa ser compreendido com cuidado. O professor, o diretor, o coordenador são autoridades dentro da escola e deve ser respeitado por admiração, e não pelo autoritarismo, afirma Carol. “Autoridade e autoritarismo são conceitos bem distintos. É muito gratificante quando o aluno compreende o nosso papel e passa a colaborar espontaneamente, porque entendeu o valor do que fazemos — isso é bem diferente de simplesmente mandar e esperar obediência”, finaliza. 

 

Hoje, mais do que nunca, o mundo precisa de diálogo, e a escola desempenha um papel fundamental nesse processo. Ao se transformar em um espaço de construção coletiva, onde as normas são compreendidas e respeitadas por todos, a convivência se torna mais leve e prazerosa para educadores e alunos, refletindo positivamente no ambiente familiar e na sociedade.

 


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