30/12/2024
A discalculia é um distúrbio de aprendizagem que afeta a capacidade de compreender e lidar com conceitos matemáticos. Mais do que uma dificuldade em aprender matemática, trata-se de uma condição neurológica que interfere no processamento de números e símbolos. Estima-se que entre 3% e 6% das crianças em idade escolar apresentem essa condição, que pode impactar tanto o desempenho acadêmico quanto o cotidiano.
Em crianças pequenas, os sinais incluem dificuldade para associar números a quantidades, reconhecer padrões simples ou contar corretamente. Em fases mais avançadas, problemas como a memorização de tabuada, cálculos mentais e interpretação de gráficos tornam-se evidentes. Adolescentes com discalculia podem enfrentar desafios em atividades como calcular trocos ou compreender conceitos matemáticos abstratos. "Identificar precocemente esses sinais permite oferecer o apoio necessário para que a criança desenvolva estratégias de superação", afirma Carol Lyra, diretora pedagógica do Colégio Anglo Sorocaba.
Entre os sintomas mais comuns estão o uso excessivo dos dedos para cálculos simples, dificuldade em comparar valores e em realizar operações matemáticas básicas. A discalculia, no entanto, pode ser confundida com falta de esforço ou desinteresse pela matéria, o que reforça a importância de um diagnóstico especializado. Psicólogos ou neuropsicólogos utilizam testes e avaliações específicas para identificar a condição e planejar intervenções eficazes.
As causas da discalculia ainda não são totalmente compreendidas, mas acredita-se que fatores genéticos e alterações no desenvolvimento cerebral desempenhem um papel relevante. Disfunções em conexões neurais específicas podem comprometer a representação mental de números, dificultando o processamento matemático.
Embora a discalculia não tenha cura, intervenções personalizadas podem fazer uma grande diferença. O uso de recursos visuais, jogos educativos e adaptações pedagógicas, como maior tempo para realização de provas e uso de calculadoras, são ferramentas valiosas. Em sala de aula, dividir problemas complexos em etapas menores facilita a compreensão e reduz a frustração.
A falta de intervenção pode levar a um ciclo de baixa autoestima e frustração, já que as crianças com discalculia frequentemente sentem que não conseguem acompanhar os colegas. Pais e educadores têm um papel crucial em criar um ambiente de aprendizado inclusivo e acolhedor, reforçando a confiança da criança e auxiliando no desenvolvimento de habilidades matemáticas. Com diagnóstico precoce e suporte adequado, é possível minimizar os impactos da discalculia. Para saber mais sobre discalculia, visite https://institutoneurosaber.com.br/artigos/discalculia-quando-a-dificuldade-com-a-matematica-e-um-disturbio-de-aprendizagem/ e https://www.terra.com.br/vida-e-estilo/criancas/discalculia-em-criancas-o-que-e-como-identificar-e-tratar,29b36ac951352311a7200862b613bdabnjifb1at.html#google_vignette