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menina com medo

Os medos na infância e suas fases

18/11/2024

O medo é uma emoção comum e natural no desenvolvimento das crianças, surgindo como uma resposta instintiva a situações percebidas como ameaçadoras. Diferentes fases da infância trazem consigo diferentes tipos de medo, refletindo o crescimento cognitivo e a compreensão do mundo pelas crianças. Desde muito cedo, o medo desempenha um papel importante na proteção e adaptação, mas também pode se tornar excessivo, necessitando de atenção especial dos pais.

Nos primeiros meses de vida, os bebês costumam ter medo de estranhos e sentem desconforto ao serem separados dos pais. Esse comportamento é um reflexo do vínculo afetivo e da necessidade de segurança que o bebê sente. Já por volta dos 2 a 3 anos, medos relacionados a barulhos altos, animais e escuro se tornam frequentes. A diretora pedagógica do Colégio Anglo Sorocaba, Carol Lyra, destaca que “nessa fase, o desenvolvimento da imaginação faz com que as crianças criem medos ligados a figuras imaginárias, como monstros e fantasmas”.

Entre os 4 e 6 anos, o medo de criaturas fictícias e situações irreais é bastante comum. O pensamento simbólico e a criatividade das crianças nessa idade fazem com que figuras assustadoras ganhem vida em suas mentes. O escuro, por exemplo, é um dos medos mais recorrentes, pois a falta de visão clara estimula a imaginação. No entanto, à medida que as crianças crescem e começam a distinguir o real do imaginário, esses medos tendem a diminuir.

A partir dos 7 anos, os medos se tornam mais concretos e baseados em experiências reais. Crianças nessa idade começam a ter receio de situações como acidentes, doenças e a morte de entes queridos. Esses medos refletem uma compreensão maior da realidade e uma preocupação crescente com a segurança. Carol Lyra observa que “os medos realistas, como o medo de perder os pais, indicam um avanço no desenvolvimento cognitivo, pois a criança já consegue prever possíveis consequências e se preocupa com o futuro”.

O medo, quando bem trabalhado, pode ser uma ferramenta de aprendizado e proteção, ajudando a criança a identificar riscos e agir com cautela. No entanto, o medo excessivo pode impactar negativamente o bem-estar infantil, causando problemas de socialização e até afetando o desempenho escolar. Para ajudar os filhos, é essencial que os pais validem seus sentimentos, mostrando compreensão e oferecendo um ambiente seguro para expressar suas emoções.

Estratégias como conversas abertas, leitura de histórias que abordem o medo de forma leve e o uso de técnicas de respiração ajudam a criança a lidar melhor com esses sentimentos. Além disso, permitir que a criança leve um objeto de conforto, como um brinquedo favorito, para lugares que ela considera ameaçadores, pode ajudar a reduzir a ansiedade.

Por fim, é importante que os pais fiquem atentos à intensidade e duração dos medos. Quando o medo interfere significativamente na rotina da criança, pode ser necessário buscar a orientação de um psicólogo infantil, que poderá avaliar a situação e propor técnicas de enfrentamento adequadas. Para saber mais sobre medo infantil, visite https://leiturinha.com.br/blog/medo-alem-do-normal/ e https://www.vittude.com/blog/medo-infantil-como-trabalhar-psicologo/

 


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