01/04/2024
Nem sempre as crianças lidam bem com a necessidade de dividir brinquedos e até mesmo a atenção dos adultos.
Contudo, quem é pai ou mãe sabe que a vida não é feita de individualismos.
Muito pelo contrário.
É preciso ensinar a criança a compartilhar, seja para que ela tenha uma convivência melhor na escola quanto dentro de casa.
Quer ensinar seu filho a importância do compartilhamento? Vem com a gente!
Você vai descobrir neste artigo:
Saber partilhar é mais do que um indício de educação, é uma virtude..
Vivemos em um país onde a desigualdade bate à nossa porta com bastante frequência e é notável, tanto para adultos quanto crianças, que existem diferenças sociais grandes por aqui.
Mesmo dentro do círculo social que sua família frequenta, é comum encontrar pessoas mais abastadas e outras que passam por dificuldades mais intensas.
Diante dessa realidade, fica claro que devemos estimular a partilha.
Contudo, esse sentimento não nasce do dia para a noite, muitas vezes ele é fruto da reflexão feita em família e até mesmo das práticas religiosas.
Seja qual for a sua crença, é bem provável que sua fé ensine sobre a importância de partilhar.
Ou seja, ensinar seus filhos a compartilhar é algo que vai ajudá-los a entender melhor nossa sociedade e despertar bons sentimentos perante os demais.
Além disso, existe todo um cuidado com o futuro: pessoas egoístas e que não conseguem compartilhar podem ter muitas dificuldades na escola, no trabalho e até mesmo na hora de fazer amigos.
Com certeza você não quer que seus pequenos sejam vistos como crianças egoístas e tenham dificuldades de relacionamento, certo?
Então, saiba que ensinar a compartilhar é um ótimo caminho para reduzir essas dificuldades sociais, ainda mais na infância, onde eles precisam dividir brinquedos, alimentos e a atenção dos adultos.
Todo o processo de ensinar a criança a compartilhar precisa ter limites.
Colocar um cronômetro para medir o tempo dela em um brinquedo e forçá-la a passar a diversão adiante é um exemplo do que não fazer.
Os pequenos vão levar um certo tempo para entender essa necessidade, por isso, não adianta radicalizar nem forçar situações.
Lembre-se que você é o adulto, então, respeite o tempo e os limites.
Também é válido reforçar que as crianças passam por uma fase egocêntrica, onde elas – devido à sua inocência e falta de capacidade de analisar o mundo ao seu redor – acreditam cegamente que o mundo gira em torno delas.
Todas passam por isso e, aos poucos, elas passam a entender que a vida não as orbita.
Esse caminho é um processo, e de nada adianta forçar situações.
Existem algumas práticas que você deve incentivar, como deixar que as crianças se entendam na divisão de brinquedos (e aí seu papel será mais de observador) e ensiná-las a expressarem suas vontades verbalmente.
Sabe quando as crianças desejam aquele objeto que está em suas mãos?
Esse é um ótimo momento para ensinar sobre compartilhamento.
Ofereça o objeto à criança (desde que não seja perigoso, claro) e avise que se trata de um empréstimo.
Ela vai ficar com a posse durante um tempo, mas é preciso devolver.
Talvez nas primeiras vezes não seja assim tão fácil, mas aos poucos elas vão captando a ideia.
Outros exemplos interessantes envolvem a participação das crianças em ações sociais simples, como separar brinquedos e roupas para doação.
Se a criança tem irmãos ou convive frequentemente com primos ou amigos, converse sobre a importância de dividir.
Permita que eles expressem suas vontades, mas oriente sobre a importância de compartilhar.
Vale a pena ficar de olho para evitar as brigas, mas permita que eles se entendam. Caso seu filho faça algo errado, converse com ele e explique o ocorrido.
Mas sempre tome cuidado com a dica do tópico anterior: o sentimento de partilha nasce de um processo, portanto, não acelere as coisas na base da bronca.
Os brinquedos que ficam em casa geralmente são menos compartilhados do que aqueles que estão na escola, portanto, pode acontecer da criança se tornar mais possessiva com eles.
Para ajudar a reduzir esse “ciúme” traga amigos para dentro da sua casa e fale sobre como é importante recebê-los bem, ser gentil e permitir que eles possam brincar juntos, usando os mesmos brinquedos.
Sabe quando você leva seu pequeno no parquinho e ele não quer deixar o irmão subir no balanço por nada?
Esse tipo de situação é comum, mas pode ser resolvida com combinados.
A comunicação é sua grande aliada nesse momento.
Chame as crianças e faça acordos do tipo: cada um vai ficar 10 minutos no balanço e depois vão trocar de brinquedo.
Eles podem até rejeitar a ideia no princípio, mas aos poucos a dinâmica vai se fortalecendo e eles vão compreendendo que cada um tem seu espaço.
Jogos e brincadeiras coletivas são ótimas para ensinar a criança a compartilhar.
Por meio delas, é comum que eles entendam melhor a importância do companheirismo e do esforço coletivo, reduzindo a individualidade.
Mas cuidado para não gerar competições!
A ideia não é criar rivalidade e sim coletivismo.
Quer um exemplo simples de atividade coletiva que não gera competição?
Compre uma cartolina grande, dê canetinhas e lápis de cor e promova a ideia de gerar um grande desenho feito pelos amigos.
Seu filho está dividindo as coisas, mas o amiguinho não quer fazer o mesmo?
Nessas horas, cabe a você ser empático com seu filho e conversar com a outra criança.
Caso isso não seja possível, a melhor atitude é explicar que o erro dos outros pode ser chato de aguentar, mas que ela não deve fazer igual.
Outro exemplo: seu filho chega no parquinho, sobe no balanço e logo vem uma criança querendo o lugar dele.
Neste caso, não há porque forçar o compartilhamento imediato.
Converse com seu pequeno, fale que ele pode, sim, ficar ali naquele momento, mas que em breve será a vez do outro.
Lembre-se sempre que seu papel ao ensinar a criança a compartilhar não é o de “ditador das regras”, mas sim de “guia para boas atitudes”.
Como já dissemos, você será um mediador de conflitos que precisa exercer a empatia e usar o diálogo como principal ferramenta de ensino.
Quanto mais você se ater a este papel, mais tranquilo será o aprendizado.
Também lembre-se do “fator espelho”. Você é um exemplo de atitudes para seus filhos e eles vão simular muitas das suas atitudes.
Fique atento com isso, dê exemplo e, mais do que isso, explique o exemplo e reforce o porquê das suas atitudes de compartilhamento.
O papel da escola é fundamental, portanto, fica a nossa dica: escolha instituições de ensino que oferecem uma proposta pedagógica completa e iniciativas educacionais que extrapolam o básico.
Essa é a filosofia que aplicamos aqui, no Anglo Sorocaba.
Queremos ser mais do que um centro educacional, nossa missão é contribuir para a formação de cidadãos atentos às necessidades do mundo e das pessoas.
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