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como ajudar crianças ansiosas

Como apoiar crianças com ansiedade de forma equilibrada

24/10/2025

A ansiedade infantil pode se manifestar de maneiras sutis, mas causar grande desconforto. Roer unhas, morder lápis, ter dificuldade para dormir ou apresentar dores sem causa aparente são sinais de que a criança pode estar enfrentando tensões internas. Embora sentir ansiedade seja natural em muitas situações, ela se torna preocupante quando interfere no bem-estar, no aprendizado e nas relações sociais. Entender o que está acontecendo é o primeiro passo para oferecer ajuda adequada.

As crianças nem sempre conseguem explicar o que sentem. Muitas vezes, o corpo fala por elas. Sintomas como suor excessivo, batimentos acelerados, choro sem motivo aparente ou retraimento repentino podem indicar um quadro de ansiedade. Esses sinais costumam se intensificar em momentos específicos, como antes de apresentações escolares, provas ou atividades que exigem desempenho.

É importante observar também mudanças no comportamento cotidiano. Quando a criança passa a evitar situações comuns, demonstra medo de se separar dos pais ou apresenta resistência em ir à escola, o desconforto pode estar relacionado à ansiedade. Reconhecer esses indícios precocemente permite que o apoio venha antes de a situação se agravar.

 

O papel dos pais no acolhimento

Em casa, o diálogo aberto e o acolhimento são as ferramentas mais eficazes. A ansiedade infantil não melhora com broncas ou com frases como “isso é bobagem”. A criança precisa sentir que é ouvida e compreendida. Perguntar o que ela sente, oferecer colo e mostrar disponibilidade emocional cria uma base de segurança. “Quando os pais se fazem presentes de fato, validando o que a criança sente, ela percebe que seus medos importam e isso abre espaço para que ela desenvolva segurança emocional”, afirma Carol Lyra, diretora geral do Colégio Anglo Sorocaba.

Pequenas atitudes ajudam muito. Estabelecer uma rotina previsível, com horários regulares para dormir, comer, estudar e brincar, transmite estabilidade. Evitar o excesso de compromissos e limitar o tempo de telas também contribui para reduzir estímulos que alimentam a ansiedade.

Além disso, cuidar da própria ansiedade é essencial. Pais que vivem em constante tensão ou impaciência tendem a transmitir esse estado emocional aos filhos. Demonstrar calma e equilíbrio nas situações cotidianas é uma forma prática de ensinar como lidar com emoções difíceis.

 

A importância da escola e da parceria com a família

A escola ocupa um papel estratégico na identificação e no enfrentamento da ansiedade infantil. Professores e orientadores estão em posição privilegiada para notar alterações de humor, queda de rendimento, isolamento ou agitação exagerada. Quando essas observações são compartilhadas com a família, cria-se uma rede de cuidado que beneficia a criança.

A parceria entre pais e escola é fundamental. Ao perceber sinais de ansiedade, os educadores podem informar os responsáveis e propor ações conjuntas, como atividades de relaxamento, momentos de escuta ou ajustes na rotina escolar. Já os pais, ao compreenderem o que acontece, podem adotar a mesma postura em casa, evitando cobranças excessivas e priorizando o diálogo.

“Quando família e escola conversam com regularidade sobre o bem-estar emocional da criança, criamos uma rede de apoio que amplia a segurança do aluno e reduz o impacto da ansiedade”, reforça Carol Lyra.

Programas escolares que valorizam o aspecto socioemocional, como rodas de conversa, atividades artísticas e dinâmicas de cooperação, são aliados importantes. Eles ajudam as crianças a reconhecer sentimentos, compreender suas reações e encontrar formas saudáveis de expressar o que sentem.

 

Estratégias para o dia a dia

Lidar com a ansiedade infantil requer constância e paciência. Algumas medidas simples, aplicadas de forma natural, podem ajudar:

 

Respirar junto com a criança durante momentos de tensão ajuda a reduzir o ritmo acelerado dos batimentos e traz sensação de controle. Outra estratégia é propor pequenas metas. Em vez de exigir que a criança “pare de ter medo”, incentive-a a enfrentar gradualmente as situações que causam desconforto, celebrando cada conquista.

Atividades manuais, como pintura, jardinagem ou modelagem, ajudam a canalizar a energia e reduzir a inquietação. O contato com a natureza também é um excelente antídoto contra a ansiedade. Caminhar, brincar ao ar livre e observar o ambiente são práticas que acalmam e fortalecem o equilíbrio emocional.

O elogio deve ser usado de forma consciente. Valorizar o esforço, e não apenas o resultado, faz com que a criança perceba que errar faz parte do aprendizado e que a superação é possível.

É igualmente importante permitir o ócio criativo. Muitas crianças têm agendas cheias, com pouco tempo livre para brincar sem regras. O descanso e o tempo para imaginar são essenciais para a saúde mental.

 

Quando buscar ajuda profissional

Nem sempre o acolhimento familiar e o apoio escolar são suficientes. Quando os sintomas de ansiedade persistem ou se tornam mais intensos — como crises de choro frequentes, insônia, recusa prolongada em ir à escola ou retraimento social — é hora de procurar um profissional especializado.

O acompanhamento psicológico ajuda a criança a identificar e compreender o que sente, além de aprender técnicas para lidar com a ansiedade. Terapias voltadas para o público infantil costumam envolver brincadeiras, histórias e jogos simbólicos, o que torna o processo mais leve e eficiente.

Buscar ajuda não deve ser visto como sinal de fraqueza, mas como cuidado responsável. O suporte profissional não substitui o papel da família nem da escola, mas complementa esse processo com orientação técnica e personalizada.

 

Prevenção e equilíbrio

A melhor maneira de lidar com a ansiedade é preveni-la. Manter uma rotina equilibrada, com tempo para estudo, descanso, brincadeiras e convivência familiar, é o caminho mais seguro. Estimular a criança a falar sobre o que sente, demonstrar afeto e estabelecer limites coerentes são atitudes que fortalecem o desenvolvimento emocional.

Cuidar da alimentação e garantir boas noites de sono também são fatores decisivos. Crianças cansadas ou mal alimentadas tendem a apresentar níveis mais altos de irritação e ansiedade.

Mais do que eliminar o medo ou a preocupação, o objetivo é ajudar a criança a entender o que está sentindo e descobrir que é capaz de lidar com isso. A confiança construída nesse processo será um dos pilares de sua saúde emocional ao longo da vida.

Para saber mais sobre ansiedade, visite https://hospitalsaomatheus.com.br/blog/onicofagia-habito-de-roer-as-unhas-pode-ser-sinal-de-ansiedade-e-outros-transtornos/ e https://www.suprevida.com.br/blog/criancas-de-6-a-12-anos-que-roem-unha?srsltid=AfmBOoq5aEO3sYFHGDvRfl2ks6p8vLF332uONUS13LcCyjn27Vg6qApm

 


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