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crianças pegando vitamina D

Vitamina D em dia para crescer com saúde

29/09/2025

A Vitamina D regula a absorção de cálcio e fósforo, sustenta a formação dos ossos e participa de mecanismos de defesa do organismo. A maior parte vem da síntese cutânea ao sol; a menor fração chega pela alimentação. Quando a rotina concentra as crianças em ambientes fechados e reduz o tempo ao ar livre, os níveis tendem a cair, e sinais como cansaço frequente, dores musculares, infecções recorrentes e baixa disposição podem aparecer. Em fases de crescimento acelerado, prevenir a deficiência evita prejuízos que podem acompanhar a vida adulta.

A pele produz Vitamina D quando recebe radiação UVB. A eficácia depende da cor da pele, do horário, da estação e da área corporal exposta. Em dias claros, braços e pernas ao sol, por tempo moderado, costumam bastar; em peles mais escuras, o tempo necessário é maior.Horários de menor intensidade, como antes das 10h e após as 16h, ajudam a equilibrar produção e segurança. Quando o frio prolongado, a nebulosidade contínua ou a rotina urbana limitam o contato com a luz natural, a síntese cai e os níveis tendem a oscilar para baixo. É nesse cenário que outras frentes ganham importância.

Alimentação como aliada consistente

A dieta não substitui o sol, mas oferece base complementar diária. Peixes gordurosos, ovos, laticínios, fígado e cogumelos expostos à luz são exemplos de alimentos com Vitamina D. Em muitas casas, esses itens aparecem com pouca frequência, seja por custo, hábito ou preferência. Vale observar cardápios semanais e oportunidades simples de ajuste, como incluir peixe em uma das refeições, variar preparos com ovos e priorizar lanches menos ultraprocessados. Crianças com restrições alimentares ou seletividade intensa precisam de orientação profissional para garantir que a estratégia nutricional cubra não apenas a Vitamina D, mas também cálcio, proteínas e micronutrientes que trabalham em conjunto na saúde óssea.

Suplementação com critério e acompanhamento

Quando a exposição solar é insuficiente ou a alimentação não cobre a necessidade, a suplementação orientada por profissionais de saúde se torna a ferramenta para manter a Vitamina D na faixa adequada. Em pediatria, as doses variam conforme idade, peso, cor da pele, estação do ano, local de moradia e condições clínicas.

A forma D3 (colecalciferol) costuma ser a preferida por elevar os níveis com mais eficiência. Em algumas situações, o médico pode indicar o uso preventivo contínuo; em outras, uma estratégia sazonal no inverno resolve.

A decisão sobre pedir exame laboratorial depende do contexto: histórico do paciente, sinais clínicos, presença de doenças que alterem a absorção intestinal, a conversão hepática ou a ativação renal da vitamina.

Autossuplementação não é recomendada. Excesso de Vitamina D pode levar a hipercalcemia, náuseas persistentes, sede intensa, cálculo renal e, em casos graves, dano renal. Por isso, posologia, duração e reavaliação periódica precisam de supervisão. Ao mesmo tempo, descontinuar precocemente um esquema prescrito pode devolver o estudante ao patamar de insuficiência justamente em meses de menor incidência solar.


Monitorar ao longo do ano e ajustar a rota

Os níveis flutuam com as estações. Famílias percebem que, no inverno ou em períodos chuvosos, o recreio ao ar livre diminui e fins de semana no parque são trocados por programas internos. Antecipar essa oscilação ajuda a planejar: retomar passeios em horários seguros quando o clima permite, manter hábitos ativos fora de telas e avaliar, com o profissional de saúde, se uma dose de manutenção temporária é indicada.

Quadros de obesidade, algumas medicações de uso crônico e doenças hepáticas ou renais podem exigir doses diferentes para atingir a mesma resposta; por isso, o acompanhamento individualizado evita tanto a falta quanto o excesso. “Quando famílias entendem por que a Vitamina D oscila e aprendem a ajustar hábitos conforme a estação, a prevenção deixa de ser um improviso e vira rotina consciente”, afirma Carol Lyra, diretora geral do Colégio Anglo Sorocaba. A visão de ciclo — observar, agir, reavaliar — torna o cuidado mais simples e eficaz.


Escola e família no mesmo propósito

O ambiente escolar contribui ao reforçar mensagens de saúde preventiva e organizar rotinas que valorizem a luz natural em momentos adequados. Recreios em áreas externas e práticas de movimento em horários seguros ampliam o tempo ao ar livre sem confundir educação com exposição desprotegida.

Em casa, pequenas escolhas somam: caminhar no bairro em horários favoráveis, reservar parte do fim de semana para brincar ao ar livre, abrir janelas e permitir que a luz entre nos ambientes. “Informação clara e combinada entre escola e família traduz o tema da Vitamina D em atitudes diárias, sem alarmismo e sem descuido”, acrescenta Carol Lyra.

Para estudantes adolescentes, o diálogo é decisivo. A agenda apertada de estudos, vestibular e atividades extracurriculares comprime o tempo fora de ambientes internos. Negociar pausas curtas ao sol em horários seguros, somar deslocamentos a pé quando viável e manter regularidade no sono reduz estresse e apoia o sistema imune — aspectos que, junto com a Vitamina D adequada, preservam energia e foco para aprender.


Sinais de alerta que merecem atenção

Fadiga incomum, dor muscular difusa, infecções respiratórias frequentes e atraso no crescimento devem motivar avaliação clínica, especialmente quando coincidem com pouco sol e rotina alimentar limitada. Em crianças pequenas, atraso motor, irritabilidade e deformidades ósseas exigem investigação imediata.

Em adolescentes, queixas de dor após esforços habituais e baixa disposição que persiste por semanas não devem ser normalizadas. A abordagem correta começa pela análise do conjunto: hábitos de vida, sono, alimentação, histórico familiar e, quando indicado, exames.


Construindo uma estratégia prática e sustentável

Começar pelo que é possível e medir o impacto ajuda a manter constância. Ajustes simples — como reservar minutos diários ao ar livre em horários seguros e incluir opções alimentares mais ricas em Vitamina D na semana — já geram efeito. Se mesmo com essas ações a rotina ou a estação dificultarem a manutenção na faixa considerada adequada, a suplementação individualizada completa o tripé com segurança. Para famílias, vale registrar em calendário as semanas de menor exposição solar e antecipar consultas para revisar condutas. Para estudantes, vale encarar o tema como parte da preparação para aprender: níveis adequados favorecem força, atenção e resistência.

Em saúde infantil e do adolescente, prevenção é investimento de longo prazo. Vitamina D na medida certa fortalece ossos, apoia função muscular e equilibra respostas imunológicas. Não se trata de buscar sol indiscriminado nem de transformar a mesa em laboratório. O caminho correto é combinar informação, rotina e orientação profissional para garantir que cada fase do crescimento aconteça com suporte biológico compatível.

Para saber mais sobre vitamina D, visite https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2024/12/20/vitamina-d-sociedade-brasileira-de-pediatria-passa-a-recomendar-suplementacao-para-criancas-e-adolescentes.ghtml e https://www.tuasaude.com/para-que-serve-a-vitamina-d/



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