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As escolhas que o medo influencia na maternidade

As escolhas na maternidade

30/04/2025

Evitar deixar o filho com outra pessoa, adiar o retorno ao trabalho, exagerar nos cuidados ou hesitar diante de decisões simples. Pequenas atitudes do dia a dia revelam como o medo pode impactar profundamente a rotina de muitas mães. Ainda que não seja sempre evidente, esse sentimento influencia escolhas, alimenta inseguranças e, em certos casos, paralisa a tomada de decisões importantes.

O medo materno se manifesta de diversas formas. Pode ser o receio de não conseguir proteger o filho de doenças, acidentes ou frustrações. Pode ser a dúvida constante sobre a própria capacidade de educar ou cuidar. Em contextos de maior vulnerabilidade, o medo se amplia para o campo financeiro e profissional: há mães que temem ser demitidas após a licença-maternidade, não encontrar vagas em escolas adequadas ou não dar conta da sobrecarga.

Essa emoção, quando constante, impacta a saúde mental e interfere na construção de vínculos. Uma mãe tomada pelo medo pode acabar adotando atitudes superprotetoras, dificultando o desenvolvimento da autonomia dos filhos. Em outros casos, ela se afasta emocionalmente para evitar falhar. O problema não está em sentir medo — o sentimento é natural e até necessário —, mas sim em como ele é absorvido e conduzido no cotidiano.

O medo materno precisa ser acolhido, não ignorado. Quando escutamos essas angústias com empatia, ajudamos a transformar preocupação em consciência, e insegurança em confiança”, explica Carol Lyra, diretora pedagógica do Colégio Anglo Sorocaba.

É comum que o medo esteja ligado à culpa. Muitas mulheres se cobram por não corresponderem à idealização da maternidade plena e feliz. Quando as coisas não saem como o esperado, elas interpretam como falha pessoal. Esse ciclo entre medo e culpa acaba consumindo energia emocional e tornando a maternidade mais exaustiva do que já é.

As redes de apoio são fundamentais para quebrar esse padrão. Ter com quem dividir responsabilidades e, sobretudo, sentimentos, alivia o peso das decisões. Compartilhar experiências com outras mães, contar com o companheiro, buscar orientação profissional e estabelecer uma rotina menos rígida são atitudes que ajudam a reduzir o impacto do medo.

As escolas também têm papel relevante nessa rede. Quando mantêm diálogo aberto com as famílias, acolhem as inquietações com respeito e ajudam a construir uma relação de confiança, tornam-se parceiras importantes no desenvolvimento das crianças — e no bem-estar das mães.

O medo não precisa ser um inimigo. Quando reconhecido e acompanhado, ele pode ser transformado em ferramenta de cuidado, não em prisão emocional. A maternidade se torna mais leve quando as mães compreendem que sentir medo faz parte, mas não precisa guiar todas as suas escolhas.

Para saber mais sobre dores que as mães sentem, visite https://leiturinha.com.br/blog/mommy-burnout-o-esgotamento-de-maes-sobrecarregadas/ e https://drauziovarella.uol.com.br/mulher/os-cuidados-com-a-saude-mental-das-maes-precisam-acontecer-desde-a-gestacao/

 


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