01/04/2024
Quem nunca já ouviu (ou já disse aos filhos) frases como: “come verdura que faz bem”, “desse jeito você vai ficar fraco” ou a clássica “criança que não come direito não fica forte?”
Sem dúvidas, alimentação é um dos pontos-chave para o desenvolvimento saudável das crianças, tanto corporal quanto cognitivo.
Por isso, é indispensável que os adultos os ajudem a fazer boas escolhas na hora de encher o prato.
Mas a gente sabe que crianças (e os jovens também) não aceitam muitos dos conselhos alimentares de forma aberta.
Parece que quanto mais os pais falam, mais elas querem fazer o contrário, não é mesmo?
Contudo, sua missão como mãe ou pai é não desistir e deixar seus pequenos “largados às guloseimas”. O importante é descobrir como incentivá-lo para comer melhor, concorda?
É isso que vamos debater neste artigo. Primeiro, vamos dar uma pincelada nos principais alimentos nutritivos para que você não esqueça de inseri-los na dieta da sua família.
Em seguida, vamos dar algumas dicas para incentivar seu filho a comer melhor e vamos fechar mostrando para você o que o Colégio Anglo faz para cumprir o seu papel na alimentação saudável.
O bate papo conta com a participação de Morana Serrano, Coordenadora do Ensino Infantil e Fundamental 1 – e Fabiana Antunes – nutricionista do grupo Loli, responsável pela administração da cantina, alimentação escolar e outras refeições.
Você vai descobrir neste artigo:
Se você já fez dieta ou uma consulta com um nutricionista, provavelmente já ouviu falar nos grupos alimentares, que dão origem à pirâmide da alimentação saudável. Em linhas gerais, temos 8 grupos:
Ricos em carboidratos, fibras e vitaminas do complexo B. São boas fontes de energia, mas devem ser consumidos com moderação, especialmente à noite.
Boas escolhas: pães integrais, barras de cereais sem açúcar, batata-doce.
Fique de olho: pães comuns e arroz branco. São ótimos, mas muito calóricos!
Aqui entram grãos como feijão, lentilha, soja e castanhas. Boas fontes de proteína vegetal, que não oferece o risco de acréscimo do colesterol.
Boas escolhas: lentilha, soja, feijão
Fique de olho: castanhas e amendoim. Oferecem bons nutrientes mas carregam muita gordura e calorias.
Grupo que engloba verduras, como espinafre e couve, e legumes, como cenoura e berinjela.
Trata-se de um conjunto de alimentos que oferece diversos benefícios, como vitaminas, sais minerais e fibras.
Boas escolhas: todas! As hortaliças oferecem poucos efeitos colaterais quando o assunto é nutrição.
Tão benéficas quanto as hortaliças, as frutas oferecem diversas vitaminas, fibras e minerais. Contudo, algumas são bastante calóricas devido à alta concentração de frutose.
Boas escolhas: maçã, banana, pêra e morango são frutas nutritivas com poucas calorias.
Fique de olho: abacate, coco e manga. São nutritivos, mas muito calóricos.
Esses alimentos são as principais fontes das proteínas de origem animal. Elas ricas em ferro e vitaminas do complexo B, além de contribuírem para a produção de enzimas e anticorpos.
Contudo, são fontes que podem ser ricas em gorduras saturadas e colesterol, o que significa que seu consumo deve ser regulado.
Boas escolhas: carnes magras (como peixe e frango), ovos orgânicos.
Fique de olho: carnes com muita gordura e embutidos. Tem proteínas, mas oferecem muita gordura.
O leite e seus derivados são ricos em cálcio e funcionam como fontes protéicas, mas é importante regular o consumo para evitar o excesso de gorduras saturadas e colesterol.
Boas escolhas: leite desnatado, iogurtes com poucas calorias.
Fique de olho: alimentos à base de leite integral e manteiga.
Os óleos e alimentos ricos em gorduras são boas fontes de energia e contribuem para o transporte de vitaminas. Contudo, são bem calóricos e precisam de consumo moderado.
Boas escolhas: azeite de oliva, linhaça, amêndoas.
Fique de olho: óleo de soja (existem opções mais saudáveis).
Os alimentos ricos em açúcar são fontes energéticas, mas não oferecem o benefício das fibras, como ocorre com as frutas. Este grupo é composto por produtos que têm muitos carboidratos simples, que devem ter consumo moderado.
Fique de olho: todos! Pense que esses alimentos oferecem pouca riqueza nutricional e muitos carboidratos.
Bom, agora você já conhece os alimentos mais nutritivos, quais são as melhores opções dentro de cada grupo alimentar e quais são os itens que devem ser evitados.
Mas toda essa informação não é o suficiente para convencer as crianças e jovens mais teimosos, não é mesmo?
Então, o jeito é conhecer algumas dicas para conversar sobre esse assunto e educar os mais novos quanto à importância de comer bem. Veja como você pode colocar isso em prática!
Vamos começar com a dica mais óbvia, justamente porque é a mais importante. Já ouviu o ditado que diz que “em pé de jaca não nasce uva?”
Então, pense assim: em casa de adulto que come bem, é difícil nascer criança que come mal.
Se você adotar uma alimentação saudável em suas refeições, a tendência é que seus filhos sigam o mesmo cardápio. Os pais são espelhos, então, se você come bem, seu filho provavelmente comerá bem.
Planeje as refeições antes de ir ao mercado. Dessa forma, você pode comprar os ingredientes certos e evitar os alimentos de baixo valor nutricional.
Sem ter um cardápio definido, aumentam as chances de você recorrer ao “mais fácil”, como alimentos super processados e comidas congeladas.
Não é raro encontrar crianças que dizem que não gostam de um alimento sem nunca terem experimentado. Isso ocorre por influência dos amigos, irmãos e até de desenhos animados.
Porém, é possível inserir esses alimentos de forma disfarçada. Por exemplo, ao fazer um molho de macarrão, nada te impede de usar tomates em vez do sachê de extrato pronto ou adicionar pequenos pedaços de cenoura.
Na hora de cozinhar o feijão, dá para “esconder” uma beterraba na hora do cozimento e enriquecer a quantidade de ferro e nutrientes.
Tudo vai depender de duas coisas: sua criatividade culinária e, claro, evitar que as crianças fiquem de olho no que está sendo inserido na preparação.
Não tem jeito, se você quer ver seus filhos fazendo boas escolhas na alimentação, é preciso trocar o delivery pelo fogão.
Em casa, você é capaz de controlar os ingredientes, a dosagem de sal e de gorduras (como azeite e óleos) e usar técnicas para enriquecer os pratos (como a dica acima).
Ao terceirizar o preparo, você não terá controle nenhum. Além disso, comer saudável em casa é muito mais barato do que comer saudável em um restaurante. Seu corpo e seu bolso agradecem a mudança.
Essa dica vai para os pais que têm crianças na primeira infância: os alimentos que elas comem são escolhas suas.
Muito provavelmente você já viu vídeos engraçadíssimos de bebês espantados ao provar doces, sorvetes e bolos. É a primeira vez que eles estão ingerindo açúcar, e vamos combinar que é uma delícia, não é mesmo?
Pois bem. O acesso das crianças aos doces, refrigerantes e frituras é feito pelos pais. Então, quanto mais vezes você estimula, mais rápido eles vão perceber que esses alimentos são muito gostosos.
E é lógico que eles vão fazer a escolha pelo sabor, nunca pela tabela nutricional.
Então, se você não quer que seu filho pequeno desenvolva gosto por bebidas cheias de açúcar ou bolachas ultraprocessadas, é só retardar ao máximo o contato deles com esses alimentos.
Uma hora isso vai acontecer, pode apostar.
Mas quanto mais velhas as crianças forem, mais tempo elas terão para se habituar com os alimentos saudáveis, sem encará-los com aquele clássico olhar de “ECA!”, afinal, eles fazem parte da sua rotina alimentar há tempos!
Todo mundo teve um tio, um avô ou uma avó que adorava dar uma guloseima escondida.
Esse hábito é um gesto de carinho e não precisa ser punido pelos pais. Contudo, é importante conversar com o restante do núcleo familiar para que eles entendam que você está em uma missão com um objetivo nobre: oferecer saúde para os pequenos.
Não é preciso brigar, nem proibir. Só peça um pouco de parcimônia e tente conversar para que essa oferta de doces e outras guloseimas seja feita com o seu consentimento.
Outra dica legal é evitar a compra de alimentos ultraprocessados, já que os ingredientes passam por tantas transformações que perdem boa parte de sua função nutricional.
Bolachas, salgadinhos e sucos de caixinha são alguns exemplos do que deve ser evitado ao ir no mercado.
Além disso, vale a pena investir no consumo de verduras, legumes, carnes, ovos, leites e cereais orgânicos. Eles não recebem agrotóxicos nem fertilizantes sintéticos, o que os deixa mais saudáveis, menos perigosos ao organismo e, acredite, muito mais saborosos!
Para seu filho comer bem, não basta esforço apenas dentro de casa. Como as crianças passam boa parte do tempo na escola, é importante que a instituição de ensino também faça sua parte.
Segundo Morana Serrano, Coordenadora do Ensino Infantil e Fundamental 1, “a alimentação saudável é uma pauta que faz parte das discussões do Colégio Anglo há tempos”.
Isso ocorre porque acreditamos que uma dieta bem balanceada é indispensável para brincar, se divertir e, principalmente, aprender.
“Nosso cérebro é como um carro, ele precisa do combustível certo para ter alto desempenho. Portanto, é muito importante saber comer direito, não apenas por questões estéticas, mas de saúde.” completa.
Há muitos anos, a cantina do Colégio Anlgo não vende refrigerantes, balas e pirulitos. De acordo com Fabiana Antunes, responsável pela cantina, “o colégio tem uma série de regras importantes para oferecer alimentos saudáveis”.
Isso não significa que nossos alunos não encontram algumas das delícias que eles tanto gostam, mas elas são mais saudáveis.
“Por exemplo, é possível comprar um chocolate ou um picolé, mas a cantina oferece versões de chocolates com mais cacau e menos leite e gorduras e sorvetes feitos de frutas, nada ultraprocessado.” acrescenta Fabiana.
Além da cantina, os pais e mães da Educação Infantil e Ensino Fundamental 1 recebem, mensalmente, recomendações de cardápio para os lanches.
“O cardápio é bem criativo e saboroso, o que contribui para despertar o interesse pela alimentação saudável. Todas as sugestões feitas são avaliadas por um nutricionista especializado que trabalha junto com a nossa coordenação” afirma Morana.
Também é importante destacar que as famílias que optam por não mandar lanche de casa e preferem a alimentação escolar também podem ficar tranquilas. A lancheira fornecida aos alunos é composta apenas por alimentos e sucos naturais.
A alimentação é um tema fundamental para o crescimento saudável e bem-estar, por isso, ela também é tema de discussões dentro de sala de aula.
Nos anos finais do ensino fundamental 1 e 2, as aulas de ciência abordam questões nutricionais na prática.
“Os alunos conseguem visualizar o excesso de açúcar de alimentos industrializados e refrigerantes e conhecer melhor a importância de elementos como as fibras alimentares”, afirma a Coordenadora.
No ensino médio, a nutrição também é pauta, mas de forma mais funcional. Por exemplo, os alunos discutem os alimentos que ajudam a estudar e descobrem o que evitar na hora do almoço para não ter aquele sono, que muitas vezes dificulta o aprendizado.
“Na terceira série do ensino médio, levamos isso a uma escala ainda maior. Falamos de alimentos que ajudam a contribuir para melhoria da memória, quais ingredientes ajudam no desempenho esportivo e o que comer para se nutrir e ter disposição para uma prova de vestibular”.
Como diz o ditado: você é o que você come. Portanto, nós acreditamos que a alimentação saudável é o caminho para a formação de crianças e jovens mais ativos, inteligentes, dispostos e com a saúde em dia.
Comida é coisa séria e deve ser olhado como ponto importante do desenvolvimento em todas as etapas. Por isso, se você quer oferecer aos seus filhos uma alimentação saudável em casa e na escola, chegou a hora de conhecer um colégio que contribui para essa missão.
O Colégio Anglo está de portas abertas para você. Venha conhecer mais da nossa proposta educacional!