Image de fundo Blor Home

Amizade de Criança: Valores e Como Orientar seu Filho

01/04/2024

Uma das preocupações mais recorrentes nas famílias é relacionada às amizades das crianças e a construção dos vínculos entre os pequenos. 

A situação gera dois tipos de cuidados: os pais se preocupam quando seus filhos não criam laços com colegas de escola e de seu ciclo de convivência e também precisam ficar atentos em relação à qualidade das amizades construídas pelas crianças.

De fato, é um assunto um tanto quanto delicado, afinal, as influências externas à família podem oferecer excelentes exemplos de vida, contudo, o contrário também pode ocorrer.

Mas até onde podemos “controlar” essas amizades? 

Como lidar com os valores e diferenças entre as famílias? 

Em qual momento os pais devem intervir em uma amizade de criança?

Essas dúvidas serão tema deste artigo, que contou com a participação da Carla Corrá, Psicóloga que atua junto aos alunos e corpo docente aqui no Anglo Sorocaba

Aproveite a leitura para aprender mais sobre como você e sua família podem lidar com as amizades das crianças! 

Você vai descobrir neste artigo:

 

Valores e diferenças entre as famílias

O ponto mais importante desta discussão das amizades de criança orbita o respeito às diferenças.

Isso ocorre porque as crianças estão em fase de aprendizado do seu papel como cidadão, e muitas vezes elas não têm noção de como lidar com questões que envolvem diferenças sociais, de credo, raça, condição financeira dentre outras.

Com isso, podem surgir situações de desrespeito, mesmo que involuntariamente. Além disso, podem ocorrer segregações por conta dessas discrepâncias entre os indivíduos, algo que traz prejuízos para o convívio. 

“Devemos respeitar os valores e diferenças entre as famílias. Não devemos julgar os colegas pelas diferenças. A escola é um ambiente diverso, onde ela tem os primeiros contatos com a vida em sociedade, e nem sempre as pessoas que compõem nossa sociedade partilham dos mesmos valores da nossa casa.” afirma Carla Corrá.

Portanto, a primeira coisa que os pais devem ensinar às crianças quando o assunto são as amizades é respeitar o outro. 

É preciso dialogar sobre como nossa sociedade é diversificada em inúmeros fatores. 

O fato de existirem diferenças não significa que alguém é melhor ou pior, apenas diferente. 

“É essencial ensinar o respeito aos valores de cada família. Se não são os valores da minha casa, não é preciso tomar para mim, mas preciso respeitar os colegas”, completa Corrá.

E aqui fica um ponto de reflexão para os adultos: como você respeita quem é diferente da sua família?

O nível de respeito estruturado pelos pais é o principal exemplo que a criança vai ter, por isso, se sua família dá sinais de intolerância perante questões sociais, pode apostar que isso servirá de espelho para os pequenos. 

Portanto, fica a dica: quem deseja ensinar respeito precisa saber respeitar.  

Como orientar e apoiar o seu filho a ter boas amizades?

O primeiro ponto de reflexão aqui é bem simples: você não será capaz de escolher as amizades do seu filho. 

Os pais podem ajudar a fazer uma espécie de “triagem” das relações, mas dificilmente você, seja pai ou mãe, vai conseguir escolher com quem seu filho interage, ainda mais no ambiente escolar. 

Portanto, o primeiro passo para orientar e apoiar as amizades de criança é observar as escolhas que elas fazem.

Isso pode ser feito sem muito esforço, basta um pouco de diálogo em casa para descobrir os nomes e algumas das atitudes corriqueiras dos colegas e uma pitada de observação quando você estiver dentro da escola, seja na hora da saída ou em algum evento. 

Comece observando as interações, atitudes e as situações que seu filho relata quando chega em casa. Em seguida, você pode tentar descobrir como a criança se sentiu perante certos cenários.

Caso estejam ocorrendo situações de desrespeito, por exemplo, os pais podem pontuar que não é algo legal e convidar a criança a refletir sobre se essas atitudes fazem bem para ela.

Não se trata de “queimar o filme” do colega que comete erros, afinal, são crianças e elas erram mesmo. 

O importante é pontuar que não é algo legal e informar que esse tipo de atitude não deve ser repetida.

“Os pais podem ajudar nos conflitos entre os valores, mas guiando as crianças a entender os colegas diferentes, as famílias que partilham de costumes diferentes.” afirma Carla Corrá.

Agora, caso seus filhos tragam para casa relatos de situações positivas, os pais podem apoiar a relação de amizade promovendo encontros entre as crianças, como uma visita do amigo à sua casa ou um encontro em um parque da cidade. 

Essas interações fora do ambiente escolar permitem que os pais possam conhecer um pouco melhor as crianças e seus responsáveis, o que gera base para analisar se as influências são positivas ou não.

Até em casos de crianças que fazem “coisas erradas”, vale estimular o contato antes de tomar uma atitude. 

Imagine que seu filho é próximo de uma criança que reproduz comportamentos violentos na hora do recreio. 

Esse tipo de situação é desagradável, mas não podemos julgar crianças como se fossem adultos que sabem o que estão fazendo, por isso, não devemos simplesmente “fechar as portas da amizade”. 

banner matrículas central

Antes de chegar a uma medida mais drástica, por que não conhecer melhor essa criança? 

Por que não analisar um pouco do comportamento dela perto de seu filho? 

Às vezes, as situações de violência ocorrem porque a criança não consegue dialogar bem ou porque não recebeu uma orientação dentro de casa (e aí você mesmo pode contribuir um pouco!) 

Quando os pais devem intervir?

Quando os pais devem intervir

Como dito, é importante respeitar, orientar e ajudar a criança a construir suas percepções sobre as amizades, porém, pais e mães precisam estar preparados caso seja necessária uma intervenção na relação entre os pequenos. 

Então, primeiro vamos falar sobre quando intervir se faz necessário.

Em linhas gerais, podemos dizer que a intervenção é importante quando as crianças começam a reproduzir comportamentos negativos vindos das amizades.

Neste caso, os pais podem conversar com a criança sobre como aquele amigo ou amiga está ensinando coisas que vão contra os valores de respeito da família. 

Não se trata de proibir a convivência, até porque você não domina isso dentro do ambiente escolar, mas sim de convidar as crianças a buscarem outras interações, outros amigos que não tomam atitudes erradas.

Mas só o diálogo com as crianças nem sempre será efetivo, por isso, mais importante do que saber quando intervir é saber como intervir.

Além da conversa dentro de casa, os pais podem pontuar situações para a coordenação pedagógica da escola, para os professores ou até mesmo buscar diálogo com os pais do colega que está gerando a má influência.

Essa última tarefa é delicada, portanto, nada de colocar as emoções acima da razão. 

Caso você queira conversar com os outros pais, seja cordial. Aponte o que está sendo relatado pelo seu filho (ou pelos profissionais da escola) e dê suporte para ajudá-los. 

Essa ajuda pode ser com diálogo, com alguns exemplos do que você tem feito na sua casa ou até com materiais (como livros e cursos) que você utiliza para ajudar na criação dos seus filhos. 

Não gostei da amizade, e agora?

Você que é pai ou mãe também deve saber como agir caso você rejeite as amizades da criança. 

Isso pode acontecer, é fato, mas essa situação não dá direito ao desrespeito e vai exigir um pouco da sua retórica para explicar o porquê da rejeição.

De acordo com Carla Corrá, em situações de reprovação, os pais precisam desencorajar a amizade da forma correta, ou seja, “explicando os porquês da negativa, acima de tudo, exigindo que a criança respeite o colega, mesmo que a amizade não seja encorajada”.

Sabe por que essa atitude é importante? 

Porque reprovação sem respeito gera intolerância, e intolerância é uma via de acesso a coisas muito piores, como violência e bullying.

Por isso, se você reprova uma amizade, explique seus motivos, dê exemplos e convide a criança a ser empática com as pessoas que estão sofrendo com as atitudes erradas do colega.

Mas aqui fica um ponto de atenção: a sociedade é repleta de situações que não nos agradam, e nós não podemos blindar as crianças de tudo. 

Então, tome cuidado com essas intervenções e proibições para não construir uma bolha ao redor da criança e estruturar um ambiente superprotetor onde você não está protegendo, mas sim distanciando sua criança da realidade de como é viver em sociedade. 

A amizade de crianças no Anglo Sorocaba

Aqui no Colégio Anglo, nossas preocupações vão muito além do ensino pedagógico. 

Temos pleno conhecimento de que o ambiente escolar é o ingresso das crianças na vida em sociedade, portanto, é preciso estruturar um local onde elas possam descobrir e exercer sua cidadania.

Por conta dessa preocupação o Anglo Sorocaba trabalha intensamente as questões relacionadas às amizades e, principalmente, o respeito aos colegas. 

O corpo docente e a coordenação pedagógica contam com suporte da profissional de psicologia, diariamente, para essa missão.

De acordo com a Carla, que faz parte da equipe de profissionais de psicologia, a missão é “estimular a compreensão e o respeito às diferenças, seja para resolver ou evitar conflitos entre as crianças.”

Essa preocupação constante com as relações infantis ocorre pois nossa equipe reconhece que a falta de respeito à diversidade pode ser a fagulha que dá início à uma situação de bullying. 

“Estimular o respeito às diferenças também é uma ação preventiva ao bullying que procuramos estruturar com todos os alunos do Colégio Anglo”, completa Carla Corrá. 

O papel dos pais na amizade de crianças

Como você pôde acompanhar, os pais têm um papel importante nas amizades das crianças, porém, esse papel é muito mais de orientador do que de seletor das relações.

É claro que você pode e deve intervir em situações problemáticas, mas o caminho para que seu filho construa boas relações passa pelo diálogo dentro de casa, principalmente.

Portanto, fique atento às situações relatadas pelas crianças, converse com elas quando isso ocorrer e, claro, dialogue com a escola ou com outros pais quando for necessário.

Outro caminho para garantir que seu filho faça boas amizades é escolhendo uma instituição de ensino que enaltece o respeito e constrói atividades para estimular essa reflexão.


Que tal conhecer mais sobre nossa proposta pedagógica e nossos valores sociais? 

Fica aqui o nosso convite para você agendar uma visita em nosso site. Será um prazer receber você e a sua família.

Gostou do artigo e quer receber a nossa newsletter com as Notícias do Leão? Basta se inscrever no formulário abaixo.

 


Voltar

COMPARTILHE:

Junte-se a nós nesta jornada emocionante! Explore os artigos e acima de tudo, divirta-se enquanto descobrimos juntos o fascinante mundo Educacional.

Siga-nos

Newsletter