04/04/2025
O aumento do uso de cigarros eletrônicos entre adolescentes tem se tornado uma preocupação crescente, especialmente porque muitos ainda desconhecem os danos irreparáveis que esses dispositivos causam à saúde e a rápida dependência química. Apesar de serem proibidos no Brasil, os vapes têm ganhado popularidade, e seus efeitos adversos à saúde são graves, com implicações que vão de enfisema a câncer pulmonar, além de problemas na saúde bucal, entre outros.
De acordo com levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), 16% dos adolescentes de 13 anos já usaram o vape, e esse número sobe para 32% aos 15 anos. No Brasil, a Pesquisa Nacional de Saúde do Escolar (PeNSE) realizada pelo IBGE, revela que quase 17% dos adolescentes entre 13 e 17 anos já experimentaram o cigarro eletrônico. Esses dados mostram uma realidade alarmante que exige atenção urgente e, nesse contexto, escolas como o Colégio Anglo Sorocaba têm promovido um trabalho educativo focado na conscientização de pais e alunos por meio de ações formativas e educativas.
A diretora, Carol Lyra, destaca a importância dessas iniciativas. "Realizamos aulas especiais aprofundadas e abordagens interdisciplinares sobre o assunto, abrindo a mente dos nossos alunos. Além disso, frequentemente enviamos conteúdos informativos aos pais, por meio do aplicativo da escola, para que eles possam ter uma compreensão crítica sobre os perigos do vape e os efeitos na saúde", explica.
A conscientização é essencial, pois os jovens muitas vezes subestimam os riscos envolvidos. Além da dependência da nicotina, que é rapidamente absorvida pelo organismo, os vapes podem liberar centenas de substâncias químicas, como flavorizantes e aditivos, que prejudicam o sistema respiratório e os pulmões. A curiosidade, a influência de amigos e a ideia de que é "menos perigoso" do que o convencional são apenas alguns dos fatores que incentivam o uso. E, justamente, por ser visual e socialmente mais atraente, o vape é visto pela área médica como uma porta de entrada para o tabagismo, o que reforça ainda mais a importância de campanhas de esclarecimento e prevenção no ambiente escolar.
“Nosso Colégio é atento, nós não ignoramos essa nova moda entre os adolescentes e tentamos sempre mostrar o quanto fumar é prejudicial, com um trabalho de conscientização contínua para que saibam o impacto real do cigarro eletrônico”, finaliza Carol Lyra.
Para ajudar os adolescentes a superarem o vício, é fundamental um planejamento cuidadoso. O primeiro passo é escolher uma data para iniciar o processo de abandono do hábito e prestar atenção nos momentos em que o jovem mais recorre ao cigarro eletrônico. Esses momentos são os chamados "gatilhos" e é crucial identificá-los para evitar essas situações. O acompanhamento psicológico, se necessário e disponível, também pode ser uma excelente ferramenta para ajudar a viver melhor e sem vício.