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Hábitos práticos para vencer a procrastinação

08/09/2025

Entregar trabalhos no prazo, manter os estudos em dia e organizar a rotina são desafios frequentes para quem convive com a procrastinação. Esse comportamento não se limita a um simples atraso, mas ao adiamento recorrente de tarefas importantes, muitas vezes acompanhado por sentimentos de culpa, ansiedade e frustração. Pais e estudantes precisam reconhecer que a procrastinação é um padrão de comportamento que pode ser transformado por meio de hábitos mais saudáveis e conscientes.

Adiar tarefas não é sinônimo de preguiça. A maioria dos estudantes que procrastinam deseja realizar o que precisa, mas encontra barreiras emocionais ou cognitivas que impedem a ação. O medo de falhar, a autocrítica excessiva e até mesmo a dificuldade de lidar com o desconforto de uma atividade mais complexa são fatores que alimentam esse comportamento.

Estudos mostram que o córtex pré-frontal, responsável por planejamento e controle de impulsos, desempenha papel essencial no processo. Quando sobrecarregado, a tendência a adiar responsabilidades aumenta. Para os jovens, isso se reflete em noites viradas antes das provas, atrasos em trabalhos ou estudos feitos no último minuto.

 

Nesses casos, o autoconhecimento é um ponto de partida valioso. Refletir sobre as próprias atitudes e questionar o motivo de evitar determinada tarefa ajuda a diferenciar um adiamento justificado de uma procrastinação nociva. Reconhecer gatilhos, como ansiedade ou falta de clareza nos objetivos, abre espaço para buscar soluções mais adequadas.

 

Hábitos que favorecem a disciplina

Estabelecer uma rotina clara é uma das estratégias mais eficazes para reduzir a procrastinação. Dividir grandes metas em etapas menores, organizar horários fixos para estudar e intercalar tarefas exigentes com atividades mais leves facilitam a concentração e tornam o processo menos desgastante.

O uso da técnica Pomodoro é uma alternativa acessível e eficiente. Baseada em ciclos de 25 minutos de estudo concentrado seguidos por cinco minutos de pausa, ela contribui para manter o ritmo e evitar distrações. Além disso, cultivar o hábito de revisar metas semanalmente ajuda a reforçar o compromisso com os próprios objetivos.

Outro fator decisivo é o ambiente. Estudar em um espaço organizado, silencioso e livre de interrupções fortalece a disciplina. Notificações de celular, barulhos constantes ou excesso de estímulos visuais prejudicam a produtividade. Preparar o local com antecedência e ter à mão apenas o necessário evita dispersões que alimentam o adiamento.

Também vale considerar a chamada procrastinação estruturada. Essa técnica sugere colocar a tarefa mais difícil no topo da lista, acompanhada de outras igualmente importantes, mas menos desafiadoras. Como a tendência é adiar o item mais complexo, o estudante acaba realizando os demais e se mantém produtivo. “Criar pequenos rituais de organização e disciplina ajuda o estudante a perceber que cada ação concluída é um avanço concreto na superação da procrastinação”, afirma Carol Lyra, diretora geral do Colégio Anglo Sorocaba.

 

Estratégias emocionais e cognitivas

Não basta apenas mudar a rotina: é necessário desenvolver estratégias para lidar com as emoções que alimentam a procrastinação. Muitos jovens acreditam que precisam esperar pelo “momento ideal” para estudar, quando estiverem totalmente motivados. Essa espera raramente traz resultados. O mais eficaz é aprender a agir mesmo diante do desconforto, reconhecendo a ansiedade ou a insegurança, mas não permitindo que elas determinem as escolhas.

Uma técnica útil é a reavaliação cognitiva. Ao mudar a forma de enxergar a tarefa, ela deixa de ser uma ameaça e passa a ser uma oportunidade de aprendizado. Nomear as emoções também auxilia nesse processo: dizer “estou ansioso porque não quero falhar” torna a sensação mais concreta e administrável.

A visualização do “eu do futuro” é outro recurso interessante. O estudante pode se perguntar: como quero me sentir amanhã, depois de ter feito minha parte hoje? Esse exercício ajuda a perceber que o esforço presente é um investimento no bem-estar futuro. A técnica “se-então” também funciona bem: “Se eu sentir vontade de mexer no celular durante o estudo, então vou me lembrar da meta de concluir o capítulo até o fim da noite”.

 

A importância de uma postura equilibrada

Pais e educadores devem ter cuidado para não reforçar a autocobrança excessiva, que pode ser tão prejudicial quanto a falta de disciplina. O excesso de críticas e a pressão exagerada tendem a gerar bloqueios ainda maiores. Adotar uma postura de incentivo, oferecendo apoio e compreensão, favorece um ambiente mais acolhedor e produtivo.

É fundamental que os estudantes compreendam que todos procrastinam em algum momento. O que faz a diferença é a capacidade de retomar a tarefa sem se prender à culpa. Cada pequena escolha consciente — desligar o celular por 30 minutos, organizar o material antes da aula, revisar o conteúdo logo após a explicação — contribui para enfraquecer o ciclo de adiamentos. “O combate à procrastinação não é um passo único, mas um processo de construção diária de hábitos que fortalecem a autonomia e a autoconfiança”, reforça Carol Lyra.

Reduzir a procrastinação exige atenção a três pilares: autoconhecimento, disciplina e regulação emocional. Pequenas mudanças de rotina, como aplicar técnicas de estudo, preparar um ambiente adequado e adotar estratégias cognitivas simples, transformam a forma como os estudantes lidam com suas responsabilidades.

Para saber mais sobre procrastinação, visite https://educador.brasilescola.uol.com.br/sugestoes-pais-professores/procrastinacaoestudo-sempre-fica-para-depois.htm https://napratica.org.br/dicas-como-parar-de-procrastinar/

 


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