Image de fundo Blor Home
menina usando computador

Idade certa para aprender um novo idioma

01/09/2025

A fluência em mais de uma língua deixou de ser um diferencial para se tornar uma exigência em muitas áreas da vida acadêmica e profissional. No entanto, uma dúvida comum entre pais e educadores é qual a idade mais adequada para iniciar esse processo. A resposta dos especialistas aponta para um consenso: quanto mais cedo o contato com outro idioma, maiores são as chances de conquistar fluência e colher benefícios que vão além da linguagem.

Estudos em neurociência mostram que os primeiros anos de vida representam uma fase de grande plasticidade cerebral. Nessa etapa, o cérebro é capaz de absorver sons, estruturas e significados com rapidez, formando conexões que favorecem o aprendizado natural da língua. Isso explica por que muitas crianças expostas desde cedo a duas línguas diferentes conseguem alternar entre elas sem dificuldades aparentes, utilizando a mistura como uma etapa natural de organização linguística.

Por que a infância é um período tão favorável

O período entre os dois e dez anos de idade é considerado uma janela privilegiada para a aquisição de um novo idioma. Pesquisas conduzidas por universidades como o MIT apontam que crianças dessa faixa etária assimilam gramática e pronúncia com maior facilidade. Outro estudo, liderado por Joshua Hartshorne no Boston College, mostra que esse potencial pode se estender até os 17 anos, embora os melhores resultados sejam obtidos quando a aprendizagem começa antes dos dez.

Além da facilidade linguística, o contato com outra língua na infância contribui para o desenvolvimento cognitivo em áreas como concentração, criatividade e resolução de problemas. Isso acontece porque o cérebro passa a lidar com diferentes códigos ao mesmo tempo, exercitando a flexibilidade mental. Crianças bilíngues também tendem a demonstrar maior consciência metalinguística, ou seja, percebem melhor como a linguagem funciona, o que reflete positivamente no domínio do português. “Quanto antes a criança tiver contato com um novo idioma, mais natural será a aquisição da fluência”, afirma Carol Lyra, diretora geral do Colégio Anglo Sorocaba, no interior de São Paulo.

 

Benefícios que vão além da linguagem

Aprender outro idioma cedo não se limita a ampliar o vocabulário. Essa experiência proporciona ganhos significativos para a socialização, já que a criança tem a chance de conhecer novas culturas, expressões e modos de pensar. O contato com diferentes contextos estimula a empatia e a curiosidade pelo mundo.

A literatura infantil, por exemplo, é uma ferramenta poderosa nesse processo. Ler histórias em outro idioma permite que a criança entre em contato com diferentes personagens e situações, reforçando tanto o vocabulário quanto a compreensão cultural. A música também exerce papel essencial: canções simples facilitam a memorização de estruturas linguísticas e tornam o aprendizado mais prazeroso.

A introdução de outra língua, ao contrário do que muitos pais temem, não atrapalha o desenvolvimento do português. Pelo contrário, favorece a reflexão sobre regras gramaticais e amplia o repertório linguístico, fortalecendo inclusive a leitura e a escrita na língua materna.

A importância do ambiente e do método

Iniciar cedo é importante, mas não é o único fator determinante. O ambiente em que a criança está inserida e a forma como o idioma é apresentado influenciam fortemente nos resultados. Experiências prazerosas, que associam aprendizado a atividades do dia a dia, favorecem a motivação.

Músicas, jogos, aplicativos educativos e brincadeiras em grupo podem ser utilizados para tornar o aprendizado parte da rotina. O apoio dos pais é decisivo: demonstrar entusiasmo, acompanhar a criança nas tarefas e valorizar cada avanço fortalece a autoconfiança e mantém o interesse pelo idioma.

Cada estudante também apresenta um ritmo próprio. Alguns aprendem melhor em grupo, enquanto outros se beneficiam de aulas individuais ou recursos digitais. A chave é adaptar a metodologia às características de cada criança, respeitando seu tempo e incentivando sua curiosidade.

“As famílias têm papel essencial nesse processo, ao criarem oportunidades para que o novo idioma esteja presente no cotidiano da criança”, destaca Carol Lyra.

Aprendizado em diferentes fases da vida

Embora a infância seja a fase ideal, iniciar o aprendizado em outras idades também traz vantagens. Adolescentes e adultos podem encontrar mais dificuldades para atingir fluência nativa, mas isso não significa que o esforço seja menor em valor. Aprender uma língua na adolescência fortalece habilidades acadêmicas e amplia oportunidades de estudo. Já em adultos, estimula a memória, previne declínio cognitivo e favorece a comunicação em um mundo globalizado.

Assim, a ideia de que existe um “prazo de validade” para aprender está equivocada. O que muda é a forma como o cérebro processa as informações em cada etapa. Crianças absorvem com mais naturalidade; adolescentes e adultos precisam de mais prática e disciplina, mas ainda colhem ganhos significativos.

Um investimento para toda a vida

Aprender outro idioma desde cedo oferece resultados duradouros. Crianças que iniciam esse processo nos primeiros anos de vida carregam consigo não apenas a fluência linguística, mas também um repertório cultural e cognitivo enriquecido. Esse conjunto de habilidades abre portas no futuro acadêmico, facilita o acesso a universidades estrangeiras e amplia as chances no mercado de trabalho. O mais importante é que esse aprendizado seja encarado como uma jornada prazerosa, que desperte curiosidade e ofereça experiências significativas.

Para saber mais sobre idade e idioma, visite https://querobolsa.com.br/revista/com-quantos-anos-pode-aprender-um-segundo-idioma e https://marianakotscho.uol.com.br/larissa-fonseca/qual-a-melhor-idade-para-a-crianca-aprender-novos-idiomas.html

 


Voltar

COMPARTILHE:

Junte-se a nós nesta jornada emocionante! Explore os artigos e acima de tudo, divirta-se enquanto descobrimos juntos o fascinante mundo Educacional.

Siga-nos

Newsletter