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criança na cadeirinha do carro

Proteção no carro exige atualização constante dos pais

11/08/2025

Uma colisão a 40 km/h pode transformar o corpo de uma criança de 5 kg em um projétil de 200 kg. Esse dado ajuda a dimensionar a importância do uso adequado da cadeirinha de carro, um item de segurança obrigatório que é muitas vezes negligenciado ou utilizado de maneira incorreta. Mesmo em trajetos curtos, é fundamental adotar todas as medidas necessárias para proteger os pequenos.

Segundo a legislação brasileira, crianças com menos de 10 anos ou que ainda não atingiram 1,45 metro de altura devem ser transportadas no banco traseiro, com o dispositivo de retenção adequado à sua fase de desenvolvimento. O descumprimento dessa regra é considerado infração gravíssima, sujeita a multa e sete pontos na carteira de habilitação.

As cadeirinhas são classificadas em grupos, de acordo com o peso da criança. O primeiro tipo é o bebê conforto (grupo 0), destinado a bebês de até 9 kg, geralmente até o primeiro ano de vida. Ele deve ser instalado de costas para o movimento do carro, preferencialmente no centro do banco traseiro, garantindo maior proteção em caso de impacto frontal.

Para crianças entre 9 kg e 18 kg, que costumam ter de 1 a 4 anos, a cadeirinha de segurança (grupo I) é a opção recomendada. Ela deve ser posicionada de frente para o painel e fixada de forma que o cinto fique bem ajustado ao corpo da criança. Acima disso, entre 18 kg e 36 kg, entra em cena o assento de elevação (grupo II/III), utilizado para posicionar corretamente o cinto de três pontos do carro sobre o ombro e o peito, sem passar pelo pescoço.

É importante lembrar que não se deve usar somente a idade como critério. A altura e o peso da criança é que determinam o momento certo de trocar o modelo. Crianças com estrutura menor podem precisar permanecer por mais tempo em modelos anteriores. Além disso, dispositivos com selo do Inmetro e o sistema Isofix são altamente recomendados, por garantirem estabilidade e segurança adicional.

Cadeirinha de carro protege a vida e precisa ser usada com responsabilidade

"Os pais devem estar atentos não apenas à obrigatoriedade, mas à eficiência do equipamento que estão usando. Saber quando trocar a cadeirinha é tão importante quanto tê-la instalada", afirma Carol Lyra, diretora do Colégio Anglo Sorocaba. Segundo ela, a atualização constante das famílias sobre o assunto é fundamental para preservar vidas.

Outro ponto fundamental é a instalação correta. Não basta posicionar a cadeirinha no banco traseiro. Ela precisa estar firme, sem balançar, e com o cinto corretamente ajustado. As tiras devem passar sobre os ombros da criança e ser apertadas na medida certa: sem folgas, mas também sem machucar. Em modelos que usam o cinto do próprio carro, o ideal é puxar com firmeza para testar a fixação.

Desde 2018, os veículos novos comercializados no Brasil devem sair de fábrica com o sistema Isofix. Esse sistema conecta a cadeirinha diretamente ao chassi do carro, proporcionando maior estabilidade e facilitando a instalação. É importante verificar se a cadeirinha e o carro possuem compatibilidade com esse sistema. Muitos pais ainda não estão familiarizados com essa tecnologia, que representa um avanço significativo na segurança veicular infantil.

Utilizar cadeirinhas usadas é um risco. Mesmo que visualmente pareçam em boas condições, dispositivos que passaram por colisões podem ter sua estrutura comprometida. Além disso, a ausência de manual de instruções ou da etiqueta de validade pode dificultar o uso correto. O ideal é sempre adquirir o produto novo, com certificação e data de validade em dia.

Diversos erros comuns comprometem a eficácia da cadeirinha: cintos frouxos, posição incorreta, uso de modelos inadequados para o peso ou idade, e, principalmente, permitir que a criança sente no banco dianteiro antes da hora. Essa liberação precoce coloca a criança em risco em caso de acidente, especialmente pela ação do airbag, que pode causar ferimentos graves.

A transição de um modelo para outro deve ser feita com cautela. Se a criança não se adapta bem a um novo tipo de cadeirinha, é importante buscar alternativas que ofereçam conforto sem comprometer a segurança. Algumas marcas oferecem modelos com ajustes mais precisos e revestimentos mais macios, que podem facilitar essa adaptação.

Sites como o Latin NCAP são ótimas fontes de informação para os pais. Além de divulgarem testes de segurança de veículos, indicam o nível de proteção infantil oferecido por cada carro e apontam os modelos de cadeirinha mais compatíveis. Essas referências ajudam a tomar decisões mais seguras e embasadas.

No trânsito, atitudes simples podem salvar vidas

Utilizar a cadeirinha correta, na posição certa, com cinto ajustado, e fazer a transição entre modelos respeitando o tempo de cada criança são medidas essenciais. Mais do que cumprir uma lei, trata-se de proteger quem ainda não tem condições de se proteger sozinho.

A segurança veicular infantil exige informação, planejamento e responsabilidade. Os pais e responsáveis que se mantêm atualizados sobre o uso correto da cadeirinha de carro cumprem um papel essencial na formação de uma cultura de proteção e cuidado com as crianças. É uma atitude que demonstra amor, zelo e respeito à vida.

 

Para saber mais sobre cadeirinha de carro, visite https://quatrorodas.abril.com.br/auto-servico/como-escolher-e-como-e-a-atual-lei-das-cadeirinhas-infantis-no-carro e https://www.usecadeirinha.com.br/importancia-uso-cadeirinha/

 


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